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Vai faltar buggies na alta temporada em Natal e preços dos passeios sobem 46%


A temporada de Verão 2024/2025 em Natal vai começar a partir do próximo dia 21 de dezembro e vai faltar buggy na cidade, mesmo com um aumento de 46% nos preços dos passeios. Dos atuais R$ 150,00 por pessoa, o passeio do litoral Norte, o mais procurado, a partir do dia 21 de dezembro, terá seu valor reajustado para R$ 220,00 nas agências, com pagamento no PIX ou dinheiro, chegando a R$ 250,00 no cartão de crédito, dividido em até 10 vezes.

O presidente do Sindbugy, Hertz Medeiros, explica que a secretaria Estadual de Turismo há mais de 10 anos não realiza curso para capacitar novos profissionais, os bugueiros que fazem os passeios de buggy no litoral do Rio Grande Grande do Norte.

Segundo ele, muitos bugueiros antigos morreram, se aposentaram ou saíram do mercado. Havia cerca de 600 bugueiros credenciados pela Secretaria Estadual de Turismo até 2014.

Hertz calcula que hoje existem cerca de 450 profissionais atuando em Natal e mais uns 50 fazendo passeios em Pipa e Baia Formosa.

“Está faltando profissionais (bugueiros) no mercado, ou seja, habilitados pela secretaria Estadual de Turismo, que há mais de 10 anos não realiza os cursos para capacitar o motorista a atual no setor de turismo, fazendo os passeios com os turistas”, diz Hertz.

O presidente do SindBuggy alerta que muitos bugueiros hoje no mercado são clandestinos, ou seja, não fizeram o curso da secretaria Estadual de Turismo e não estão habilitados para fazer os passeios com os turistas.

Segundo Hertz, em locais turísticos como as praias de Maracajaú, São Miguel do Gostoso e Galinhos, no litoral Norte do Rio Grande do Norte, e Nisia Floresta, no litoral Sul, tem oferta de passeios de buggys, mas os bugueiros não são credenciados.

Para um bugueiro com curso e habilitado pela secretaria Estadual de Turismo, ainda nos anos 90, um motorista sem credenciamento do Estado não tem conhecimento suficiente para fazer um passeio de buggy com os turistas.

A agência Marazul, tradicional no mercado, com mais de 30 anos, tem cerca de 20 buggies e só possui 10 bugueiros credenciados, faltando profissionais habitados.

“Vai faltar buggy nesta temporada, principalmente entre o Natal e 15 de janeiro, quando a procura por passeios é maior”, diz Júnior, dono da agência Marazul, que foi bugueiro nos anos 80/90.

Como empresário, ele pede que a secretaria Estadual de Turismo volte a oferecer o curso para capacitar os motoristas a atuarem como bugueiros.

A profissão de bugueiro foi aprovada pelo Senado em 2021 e diz no seu artigos 2º :

É atividade privativa dos profissionais bugueiros turísticos a utilização de veículo automotor apropriado do tipo buggy, próprio ou de terceiros, para o transporte público individual remunerado de passageiros, com capacidade máxima de 4 (quatro) passageiros, cujas características permitam a circulação em áreas de praias, dunas, lagoas, sítios históricos e culturais”.

Já o artigo 3º traz os requisitos para exerce a profissão.

“A atividade profissional de que trata o art. 1º somente será exercida por profissional que atenda, integralmente, os requisitos e condições abaixo estabelecidas:

I - habilitação para conduzir veículo automotor, em uma das categorias B, C, D ou E, assim definidas no art. 143 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997;

  II - curso de relações humanas, direção defensiva, primeiros socorros, mecânica e elétrica básica de veículos, promovido por entidade reconhecida pelo respectivo órgão autorizatário; 

III - veículo com as características exigidas pela autoridade de trânsito; 

IV - certificação específica para exercer a profissão, emitida pelo órgão competente da localidade da prestação do serviço;

  V - inscrição como segurado do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, ainda que exerça a profissão na condição de bugueiro turístico autônomo, bugueiro turístico auxiliar de condutor autônomo ou bugueiro turístico locatário;

e  VI - Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, para o profissional bugueiro turístico empregado.    

Fonte: Agência Câmara de Notícias


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